O
diabetes e o câncer estão matando mais brasileiros. De acordo com a
pesquisa Saúde Brasil 2009, do Ministério da Saúde, entre 1996 e 2007
houve aumento de 10% nos óbitos por diabetes e de 4% por câncer no País.
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão,
atribuiu o aumento das mortes por diabete ao sedentarismo e à má
alimentação. E alertou para o crescimento da obesidade, que facilita
doenças crônicas.
“Estamos sentados em cima de
uma bomba relógio. O diabetes passou, em pouco tempo, da quarta para
terceira causa de morte”, afirma Temporão, acrescentando que se o País
prosseguir no ritmo atual, a obesidade e o sobrepeso vão atingir em 2022
os níveis dos Estados Unidos, onde são um grave problemas de saúde
pública.
Diretor do Departamento de Análise de
Saúde da Secretaria de Vigilância em Saúde, Otaliba Libânio Neto
defendeu a maior oferta de mamografias como estratégia para redução das
mortes por câncer no País. O relatório, no entanto, apontou redução de
17% no total das mortes por doenças crônicas. Em dois anos, houve uma
queda de 26% dos óbitos por doenças cardiovasculares. “Registramos uma
queda expressiva no número de fumantes em um curto período. E isso já
tem um impacto”, diz Neto.
Outra boa notícia é
que o Brasil teve significativa redução da taxa de desnutrição infantil.
Mas o aumento do parto cesáreo é um mau sinal. Em oito anos, o índice
de cesarianas passou de 38% para 47%. “Houve aumento preocupante do
baixo peso relacionado ao parto cesáreo. A ligação que fazemos é que
partos estão sendo realizados antes do momento adequado ao feto”, alerta
Temporão.
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