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William Carey (1761-1834)
William Carey (1761-1834)

William Carey, um pobre sapateiro inglês, era um fraco candidato para a grfandeza. Todavia, ele foi apropriadamente chamado de “Pai das Missões Modernas”. Mais do que qualquer outro indivíduo na história moderna, instigou a imaginação do mundo cristão e mostrou pelo seu humilde exemplo o que poderia e deveria ser feito a um mundo perdido sem Cristo. Embora ele enfrentasse provocações pesadas durante seus quarenta anos de carreira, Carey demonstrou uma determinação obstinada em obter sucesso e nunca desistiu. Seu segredo? “Posso trabalhar. Posso perseverar em qualquer alvo definido. A isto devo tudo.”¹ A vida de Carey ilustra profundamente o potencial ilimitado de um homem bastante comum. El era um homem que, sem a sua dedicação a Deus, sem dúvida teria tido uma existência medíocre.
Carey nasceu em 1761 perto de Northampton, Inglaterra. Seu pai era tecelão e trabalhava num tear em sua própria casa. Embora a pobreza fosse a regra geral para as famílias como a de Carey,  a vida era simples e nada complexa. A Revolução Industrial tinha apenas começado a substituir as indústrias caseiras por confeitarias sujas e tecelagens barulhentas. A infância de Carey foi rotineiro, exceto por problemas persistentes de alergia que o impediram de concretizar seu sonho de tornar-se jardineiro. Ele foi, em lugar disso,  colocado como aprendiz de sapateiro aos 16 anos e continuou nessa profissão até os 28. Foi convertido na adolescência e logo depois associou-se ativamente a um grupo de Dessidentes Batistas, dedicando seus momentos de folga ao estudo bíblico e ministérios leigos.
Em 1781, antes do seu vigésimo aniversário, Carey casou-se com a cunhada de seu empregador. Dorothy tinha mais que cinco anos do que Carey e como muitas das mulheres inglesas de sua classe eram analfabetas. A união desde o início mostrou-se desarmoniosa e com o passar do tempo e a ampliação dos horizontes de Carey, o abismo que os dividia cresceu mais ainda. Os primeiros anos de casamento foram difíceis e pobres. Durante algum tempo, Carey não teve apenas a responsabilidade de sua mulher e família em rápido crescimento, como também da viúva do seu falecido empregador e seus quatros filhos.
Apesar das dificuldades econômicas, Carey não desistiu de seus estudos e pregação leiga e em 1785 ele aceitou o convite para tornar-se pastor de uma pequena igreja batista onde serviu até que fosse chamado para uma igreja maior em Leiscester, embora mesmo ali fosse forçado a manter-se empregado para sustentar a família. Durante esses anos no pastorado, sua filosofia de missões começou a tomar forma, inflamada inicialmente pela leitura das “Viagens do Capitão Cook”. Aos poucos desenvolveu uma perspectiva bíblica do assunto e convenceu-se de que as missões estrangeiras eram a responsabilidade principal da igreja. Suas idéias eram revolucionárias. Muitos, se não a maioria, dos religiosos do século XVIII criam que a Grande Comissão fora dada apenas aos apóstolos; portanto, a conversão dos “pagãos” não era problema deles, especialmente quando não tivesse ligada ao colonialismo. Quando Carey apresentou suas idéias a um grupo de ministros, um deles replicou: “Jovem, sente-se. Quando Deus quiser converter os pagãos, ele o fará sem a sua ajuda ou a minha”.² Mas Carey recusou calar-se. Na primavera de 1792 ele publicou um livro de 87 páginas que teve conseqüências de longo alcance e tem sido comparado às 95 Teses de Lutero em sua influência sobre a história cristã.

Pastores Batistas Reunidos
Pastores Batistas Reunidos


O livro Uma Inquirição sobre a Responsabilidade dos Cristãos em Usarem Meios para a conversão dos Pagãos (sendo esse um título abreviado), apresentava muito bem a defesa das missões estrangeiras e procurava minimizar os argumentos que dramatizavam a impossibilidade de enviar missionários a terras distantes. Depois de publicar o livro, Carey falou a um grupo de ministros numa Associação Batista em Notthingham, onde desafiou a audiência através de Isaías 54:2-3 e pronunciou sua agora famosa sentença: “Espere grandes coisas de Deus; tente grandes coisas para Deus”. No dia seguinte, em grande parte devido à sua influência, os ministros decidiram organizar uma nova junta de missões, que tornou-se conhecida como Sociedade Batista Missionária. A decisão não foi tomada precipitamente. A maioria dos ministros da Associação, como Carey, viviam com salários de fome e o envolvimento em missões no estrangeiro significava tremendos sacrifícios financeiros tanto da parte deles como de suas congregações.
Andrew Fuller, o ministro mais proeminente a favor da nova sociedade, tornou-se seu primeiro secretário nacional e o primeiro missionário nomeado foi John Thomas, um batista leigo que havia ido para a Índia como médico da esquadra real e permaneceu depois de seu período de serviço a fim de trabalhar como médico e evangelista-missionário independente. Carey imediatamente ofereceu-se à nova sociedade como “companheiro adequado” de Thomas e foi entusiasticamente aceito.
Embora Carey já estivesse há muito tempo avidamente interessado no assunto das missões, a decisão de oferecer-se para servir no estrangeiro foi nada menos que repentina. O fato de sua igreja ficar perturbada com a perda de seu pastor e seu pai julgá-lo “louco” poderiam ser facilmente desconsiderados mas a reação de sua mulher deveria tê-lo feito refletir melhor. Com três filhos pequenos e o quarto a caminho, não é de admirar que Dorothy se opusesse inflexivelmente a deixar sua pátria e embarcar numa viagem arriscada de cinco meses (complicada pela recente declaração de guerra da França contra a Inglaterra) para passar o resto de sua vida num clima tropical insalubre como a da Índia. Outras mulheres haviam feito sacrifícios desse tipo voluntariamente e milhares de outras o fariam no futuro, mas Dorothy era diferente. Se existe uma “Mãe das Missões Modernas”, não foi certamente ela, pois recusou-se terminantemente a ir.
Se Dorothy pensou que sua recusa em acompanhar o marido iria fazê-lo mudar de idéia, estava enganada. Carey, embora aflito com a decisão dela, estava decidido a partir, mesmo que isso significasse seguir sozinho. Ele continuou com seus planos, que incluíram a compra de uma passagem para Félix, seu filho de oito anos. Em março de 1793, depois de meses de delongas, Carey e Thomas foram finalmente comissionados pela Sociedade. No mês seguinte, juntamente com Félix e a mulher e filha de Thomas, eles tomaram um navio no rio Tâmisa que os levaria à Índia. Mas a viagem terminou repentinamente em Portsmouth, na Inglaterra. Problemas de dinheiro (por causa de Thomas e seus credores descontentes) e a falta de uma licença impediu que prosseguissem.
A demora foi uma decepção para os missionários, mas levou a mudanças dramáticas nos planos. Dorothy, que dera à luz três semanas antes, concordou com relutância em juntar-se ao grupo com seus filhos pequenos, desde que Kitty, sua irmã mais jovem, a acompanhasse. A obtenção de fundos para os novos passageiros não foi fácil, mas a 13 de junho de 1793 eles tomaram um navio dinamarquês e partiram para a Índia. A longa e perigosa viagem ao redor do Cabo da Boa Esperança teve seus momentos terríveis, mas a 19 de novembro eles aportaram a salvo na Índia.
A época de sua chegada não se mostrou favorável para o estabelecimento do trabalho missionário. A Companhia das Índias Orientais tinha virtualmente o controle do país e sua hostilidade contra o trabalho missionário se fez logo sentir. A companhia temia qualquer coisa que pudesse interferir em seus lucrativos empreendimentos comerciais e Carey bem depressa percebeu sua condição indesejável. Com medo da deportação, ele mudou-se com a família para o interior. Ali, cercados pelos pântanos cheio de malária, os Careys viveram em tristes circunstâncias. Dorothy e os dois meninos mais velhos ficaram muito doentes e os cuidados com a família exigiam a atenção constante de Carey. Seus sonhos idealistas do trabalho missionário estavam rapidamente desaparecendo. Carey também sofria com o fato de sua mulher e Kitty “reclamarem continuamente”³ contra ele e se ressentirem da família Thomas estar vivendo com fartura em Calcutá. Depois de alguns meses as dificuldades deles foram aliviadas pela bondade e generosidade do Sr. Short, funcionário da Companhia das Índias Orientais, que teve pena deles e acolheu-os em sua casa por quanto tempo desejassem ficar, embora fosse incrédulo. Pouco depois, porém, os Careys se mudaram para Malda, cerca de quatrocentos e oitenta quilômetros, onde Carey conseguiu empregar-se como capataz numa fábrica de anil (corante).
Os anos em Malda foram difíceis. Embora Carey estivesse satisfeito em sua nova posição e descobriu que a fábrica era uma boa escola de línguas e campo propício à evangelização, os problemas familiares persistiam. Kitty, que ficara para casar-se com o Sr. Short, não estava mais com eles e a saúde física e mental de Dorothy declinava cada vez mais. A morte trágica do pequeno Peter de cinco anos foi a última gota. Ela jamais recuperou completamente as faculdades mentais. A situação agravou-se e mais tarde vários co-obreiros e descreram como “totalmente louca”.

William Carey
William Carey

Apesar da situação traumática da família e de continuar trabalhando na fábrica, Carey não esqueceu a finalidade de sua presença na Índia. Ele passava horas todos os dias traduzindo a Bíblia e também pregava e estabelecia escolas. Em fins de 1795, uma igreja batista fora instalada em Malda.  Era um começo, embora o total de membros fosse de apenas quatro e todos ingleses. Os cultos, porém, atraíam grandes multidões do povo bengalês e Carey podia afirmar com convicção que “o nome de Jesus Cristo tornou-se agora conhecido nesta região”. Mas não houve fruto. Depois de quase sete anos de trabalho em Bengala, Carey não podia reinvidicar um só convertido indiano.
Apesar de sua falta de sucesso exterior, Carey estava satisfeito com seu trabalho missionário em Malda e ficou bastante decepcionado por ter de partir em 1800. Novos missionários haviam chegado da Inglaterra e para evitar as perturbações contínuas da Companhia das Índias Orientais, eles se estabeleceram perto de Calcutá, no território dinamarquês de Serampore. A ajuda de Carey tornou-se urgentemente necessário na instalação de um novo posto missionário para acomodá-los e ele partiu então com relutância de Malda em companhia da família.
Serampore logo se transformou no centro da atividade missionária batista na Índia e foi ali que Carey passou os 34 anos restantes de sua vida. Carey  e seus colaboradores, Josué Marshman e William Ward, conhecidos como o Trio de Serampore, se tornariam uma das mais famosas equipes missionárias na história. O posto missionário, que alojava dez missionários e seus nove filhos, apresentava uma atmosfera familiar. Os missionários viviam juntos e tinham tudo em comum, como fizera a primeira igreja no livro de Atos. Nas noites de sábado, ele se reuniam para orar e externar suas reclamações, sempre “ prometendo amar uns aos outros”. As responsabilidades eram divididas segundo a capacidade de cada um e o trabalho prosseguia sem problemas.
O grande sucesso da Missão de Serampore durante os primeiros anos pode ser credita em grande parte a Carey e seu comportamento santo. Sua disposição para sacrificar os bens matérias e ultrapassar o chamado do dever foi sempre um exemplo contínuo para os demais. Além disso ele tinha grande habilidade para relevar as faltas alheias. Mesmo com relação a Thomas, que fez mau uso dos fundos da missão, tornando-se um embaraço devido ao seu endividamento descuidado, Carey podia dizer: “Eu o amo e vivemos na maior harmonia”. Ao descrever seus colaboradores, Carey escreveu: “O irmão Wards é justamente o homem de quem precisamos... Ele participa do trabalho de toda a sua alma. Eu o aprecio muito... O irmão Marshman é um prodígio de diligência e cautela, assim como sua esposa...”⁵
Serampore era um exemplo harmonioso de colaboração missionária e houve resultados para provar isso. Foram organizadas escolas, levantou-se uma grande estrutura para o estabelecimento de uma impressora e, acima de tudo, o trabalho de tradução era continuamente feito. Durante seus anos em Serampore, Carey fez três traduções da Bíblia inteira (bengalês, sânscrito e marathi), ajudou em outras traduções da bíblia inteira e traduziu o Novo Testamento e porções bíblicas em muitas outras línguas e dialetos. Infelizmente, a qualidade de suas obras nem sempre combinava com a quantidade. O Secretário Nacional, Andrew Fuller repreendeu-o pela ortografia inconsistente e outros problemas na cópia que enviou à Inglaterra para ser ali impressa: “jamais conheci alguém que conhecesse tantas outras línguas, como professa conhecer, que escreve tão mal em inglês... Você amontoa meia dúzias de sentenças numa só... Se o seu N.T bengalês tiver esse tipo de pontuação tremo pelo seu destino...”⁶ Os temores de Fuller eram bem fundados e Carey, para sua grande decepção, descobriu que parte do seu trabalho era incompreensível. Mas o infatigável tradutor não desistiu. Ele voltou à mesa de trabalho e refez toda a sua tradução até ter a certeza de que podia ser compreendida.
A evangelização era também uma parte importante do trabalho em Serampore e um ano após o estabelecimento da missão os missionários se alegraram com o seu primeiro convertido. No ano seguinte, houve mais convertidos, mas de modo geral a evangelização progrediu lentamente. fCerca do ano de 1818, depois de 25 de missões batistas na Índia, havia mais ou menos 600 convertidos batizados e mais alguns milhares que compareciam às aulas e cultos.

Colégio Serampore
Colégio Serampore

Mesmo tendo o dia ocupado com traduções e trabalho evangelístico, Carey sempre achava tempo para fazer mais coisas. Um de seus maiores empreendimentos foi a fundação do Colégio Serampore, em 1819, para o treinamento de fundadores de igrejas e evangelistas nativos. A escola começou com 37 alunos indianos, dos quais mais da metade era constituída de cristãos. Outra área de empreendimento educacional em que se envolveu foi o ensino secular. Logo depois de chegar a Serampore foi convidado a tornar-se Professor de Línguas Orientais no Colégio de Fort William em Calcutá. Tratava-se de uma grande honra para Carey, um sapateiro inculto, ser convidado para preencher tão elevada posição, a qual foi aceita por ele com o apoio entusiasta de seus companheiros. A posição não só proporcionou uma renda muito útil aos missionários, mas também colocou-os em melhor situação diante da Companhia da Índias Orientais e deu a Carey uma oportunidade para aperfeiçoar seu conhecimento de línguas enquanto procurava responder às perguntas dos alunos.
Devido às suas multiplicas ocupações, Carey não podia cuidar de seus filhos como seria necessário. Mesmo quando se achava na companhia deles, sua natureza dócil impedia a aplicação de uma disciplina firme, cuja falta se manifestava claramente no comportamento dos meninos. Ao falar desta situação, Hannah Marshman escreveu: “ O bom homem via e lamentava o mal, mas era bando demais para aplicar uma correção eficaz”.⁷ Felizmente, a Sra. Marshman interferiu. Se não fosse pelas reprimendas severas dessa querida senhora e a preocupação paternal de William Ward, os filhos de Carey teriam seguido completamente suas próprias inclinações.
Em 1807, aos 51 anos de idade, Dorothy Carey morreu. Carey sentiu-se sem dúvida, aliviado. Ela há muito tempo deixara de ser um membro útil da família missionária, sendo na verdade um impedimento para a obra. John Marshman escreveu como Carey quantas vezes trabalhava em suas traduções, enquanto uma mulher insana, frequentemente alterada ao máximo, se encontrava no quarto junto ao seu.⁸
Durante seus anos em Serampore, Carey fizera amizade com Lady Charlotte Rumohr Nascida na família real dinamarquesa e vivendo em Serampore na esperança de que o clima fizesse bem à saúde frágil. Apesar de ter chegado incrédula a Serampore, ela assistia aos cultos na missão, sendo depois convertida e batizada por Carey em 1803. Depois disso começou a dedicar seu tempo e dinheiro à obra da missão. Em 108, apenas alguns meses depois da morte de Dorothy, Carey anunciou seu noivado com Lady Charlotte, e ao fazer isso causou um terremoto na geralmente tranqüila família missionária. A oposição foi tão grande que chegaram a fazer circular uma petição a fim de impedir o casamento; mas quando seus colegas compreenderam que ele estava mesmo decidido, retraíram-se e aceitaram o inevitável. A cerimônia nupcial, conduzida por Marshman, teve lugar em maio, exatamente seis meses depois de Dorothy ter sido enterrada.
O casamento de Carey com Charlotte foi feliz, tendo durado treze anos. Durante essa época ele esteve verdadeiramente apaixonado, talvez pela primeira vez em sua vida. Charlotte tinha uma mente brilhante e um dom para a lingüística, tornando-se uma auxiliar valiosa para Carey em seu trabalho de tradução. Ela também se aproximou dos meninos e foi para eles a mãe que jamais haviam tido. Quando veio a morrer em 1821, Carey escreveu: “Nossa vida conjugal foi tão feliz como bem pouco mortais puderam ser”. Dois anos mais tarde, Carey, ais 62 anos de idade, casou-se novamente, desta vez com Grace Hughes, uma viúva de 45 anos. Apesar de Grace não ser tão bem dotada intelectualmente quanto Charlotte, Carey elogiou-a por seu “cuidado constante e infatigável e excelente trato” durante suas doenças freqüentes.⁹
Uma das perdas mais devastadoras que Carey sofreu durante os 40 anos ininterruptos de vida na Índia, foi o desaparecimento de seus valioso manuscritos num incêndio ocorrido num depósito, em 1812. Carey se achava ausente na ocasião, mas a medonha notícia de que seu enorme dicionário poliglota, dois livros de gramática e versões inteira da bíblia haviam sido destruídos não podia ser ocultada. Se tivesse um temperamento diferente, é possível que Carey jamais tivesse se recuperado; mas ele aceitou a tragédia como um juízo do Senhor e começou tudo novamente com zelo ainda maior.
Os primeiros quinze anos de Carey em Serampore foram anos de colaboração e trabalho em equipe. Exceto por problemas ocasionais, tais como os relacionamentos com seu segundo casamento, a pequena comunidade batista na Índia viveu em harmonia. Talvez a situação fosse boa demais para ser verdadeira, mas de qualquer forma a paz não durou e os últimos quinze anos que se seguiram foram cheios de perturbações. O espírito de unidade desfez-se quando novos missionários chegaram e não se sujeitaram a viver à maneira comunitária dos missionários de Serampore. Um deles exigiu “uma casa separada, estábulo e serviçais”. Havia também outras diferenças. Os novos missionários acharam os veteranos, especialmente Josué Marshman, ditatoriais, designando-lhes deveres e posições que não lhes agradavam. Os novos missionários estavam, sem dúvida, justificados em sentir-se diminuídos. Os obreiros mais velhos haviam-se cristalizado em seu sistema e não aceitavam modificações. Mas se a equipe mais nova tivesse manifestado o amor e longanimidade característica do grupo de Serampore, as diferenças poderiam ter sido superadas. Infelizmente, esse não foi o caso. Acusações amargas foram feitas contra os veteranos e o resultado foi a divisão dos dois grupos.
Os missionários mais novos formaram a União Missionária de Calcutá e começaram a trabalhar a apenas alguns quilômetros de seus irmãos batistas. “Indelicada” foi a expressão usada por William Ward para descrever a situação.¹⁰
O problema tornou-se ainda mais crítico quando o Comitê Nacional recebeu as notícias e envolveu-se na questão. O primeiro comitê, dirigido por Andrew Fuller, não existia mais. Aquele pequeno comitê de três pessoas havia multiplicado seu tamanho várias vezes, e a maioria dos membros só conhecia Carey pelas suas cartas. Fuller e um dos outros primeiros membros haviam morrido, deixando o comitê nacional claramente a favor dos membros mais jovens a quem tinham nomeado pessoalmente como missionários. Enquanto Fuller estivera na direção, ele insistira em que Serampore fosse independente por duas razões: “Uma é que julgamos que são mais capazes de governar a si mesmo do que nós de governá-los. Outra é que estão muito distantes para aguardar orientação de nossa parte”.¹¹ Mas o comitê nacional reconstruído discordava completamente. Os membros acreditavam que os importantes negócios na missão de Serampore deveriam fica sob o seu controle direto. Finalmente, em 1826, depois de anos de conflito desgastante, a Missão de Serampore cortou relações com a Sociedade Missionária Batista.
O afastamento final entre Serampore e a Missão Batista foi um golpe financeiro para os missionários de Serampore. Embora a equipe de Serampore tivesse sido financeiramente auto-suficiente durante a maior parte de sua história, recebendo apenas uma pequena porcentagem de seus fundos da Inglaterra, os tempos estavam mudando. Havia missionários em mais de uma dúzia de postos que precisavam de sustento e cuidados médicos eram necessário para outros. A equipe de Serampore não podia cuidar de todos. Carey e Marschman (Ward já havia morrido) não tivera escolha senão engolir o seu orgulho e submeter-se à autoridade da Sociedade. Logo depois, uma soma substancial de dinheiro e cartas bondosas chegaram da parte de comitê nacional. O processo de cura começara.
Carey morreu em 1834, mas não antes de deixar sua marca na Índia e nas missões de todos os tempos. Sua influência na Índia ultrapassou seus empreendimentos lingüísticos maciços, suas instituições educacionais e os seguidores cristãos que pastoreava. Ele causou também notável impacto sobre práticas indianas prejudiciais através de suas lutas contra a queima de viúvas e o infanticídio. Mas, em outros aspectos, procurou deixar a cultura intacta. Carey estava avançado no tempo na metodologia missionária. Ele tinha um respeito reverente pela cultura hindu e jamais tentou importar substitutos ocidentais, como tantos missionários que vieram após ele procuraram fazer. Seu objetivo era fundar uma igreja nativa “através de pregadores locais”, fornecendo as Escrituras na língua nativa e foi com essa finalidade que dedicou sua vida. Porém, a influência de Carey não se fez sentir apenas na Índia. Seu trabalho estava sendo seguido de perto não só na Inglaterra, mas também no Continente e nos Estados Unidos onde a inspiração derivada de seu exemplo ousado ultrapassou em importância todos os seus empreendimentos na Índia.

Notas

[1] Mary Drewery, William Carey: A Biography (Grand Rapids: Zondervan, 1979), 25.
[2] J. Herbert Kane, A Concise History of the Christian World Mission (Grand Rapids: Baker, 1978), 85.
[3] Drewery, William Carey, 70.
[4] Drewery, William Carey, 89.
[5] Drewery, William Carey, 69, 111.
[6] Drewery, William Carey, 102.
[7] Drewery, William Carey, 115.
[8] Drewery, William Carey, 146.
[9] Drewery, William Carey, 183,185.
[10] Drewery, William Carey, 173.
[11] Drewery, William Carey, 166.

Na introdução ao livro “The Legacy of William Carey” , o conhecido teólogo indiano Vishal Mangalwadi, demonstra como esse famoso missionário inglês, pastor batista e pai das missões modernas, foi mais do que simplesmente um típico missionário transcultural. Na verdade, ele foi um modelo de líder cristão preocupado com a transformação das culturas, castas e cosmovisões da Índia. Para você ter uma idéia da sua abrangência e influência, se alguém perguntasse nas Universidades Indianas: “Quem foi William Carey?” aconteceria mais ou menos o seguinte:

• Estudantes dos departamentos de Letras, Literatura e Educação o reconhecem como o 1º tradutor dos grandes clássicos religiosos da literatura indiana, como o Ramayana e o tratado filosófico Samkhya na língua inglesa. Willian Carey traduziu e publicou a Bíblia em 40 línguas diferentes! Ele fundou a 1ª Faculdade Asiática em Serampore, perto de Calcutá; foi professor de Bengali, Sânscrito e Marathi no Fort William College em Calcutá e escreveu o 1º dicionário de sânscrito para estudiosos. Além disso, ele começou dezenas de escolas para crianças de todas as castas. Por mais de 3 mil anos a cultura religiosa proibiu a maioria dos indianos do acesso ao conhecimento, estratégia das altas castas para controlar as castas inferiores. Carey demonstrou tremendo poder espiritual contra os sacerdotes e religiosos. Carey escreveu baladas do evangelho em Bengali para atrair aos cultos hindus que amavam a música e transformou o Bengali – considerada apta somente para mulheres e demônios – na língua mais importante da Índia. Seu objetivo sempre foi criar uma literatura vernácula, nacional.

• Estudantes de história o têm como pai da renascença indiana nos séculos XIX e XX. O ápice intelectual, artístico, arquitetônico e literário da Índia hindu do século XI cessou e declinou com o monismo de Adi Shankaracharya. Todo o racionalismo, modernismo, temas científicos e tudo o mais que enriquece a cultura tornou-se suspeito dentro da cultura. Asceticismo, misticismo, ocultismo, superstição, idolatria, feitiçaria formaram a estrutura e visão de mundo da cultura indiana. Isso tudo em meio a exploração estrangeira e controle Europeu. Carey viu a Índia como um país amado por Deus, onde a verdade deveria reinar. O movimento de Carey culminou no surgimento do nacionalismo indiano e subseqüente movimento pela independência.

• Estudantes de economia o apontam como o precursor da idéia da poupança, um homem que lutou contra a avareza, a cultura de propinas e a usura da época. Juros entre 36-72 % tornam investimentos, indústria, comércio impossíveis, dizia ele! Ele pregou ética na economia e buscou incrementar as relações econômicas entre a Índia e Inglaterra numa época de xenofobia;

• Estudantes de engenharia o tratam como um industrial, que trouxe a máquina a vapor para a Índia, animou os ferreiros a fazerem cópias de
suas máquinas; o 1º a utilizar papel indiano para publicação;

• Estudantes de ecologia garantem que Carey foi o 1º a escrever artigos sobre a floresta indiana quase 50 anos antes do governo começar suas tentativas de conservação ambiental em Malabar. Ele defendeu o cultivo da madeira dando conselhos práticos em como plantar árvores com propósitos ambientais, agricultura e comerciais. Deus nos fez responsáveis por toda a terra!

• Estudantes de agronomia o tratam como o fundador da sociedade Agricultura e Horticultura em 1820, 30 anos antes da Sociedade Real de Agricultura ser estabelecida na Inglaterra. Carey fez sistemáticas pesquisas da agricultura e intensas campanhas pela reforma agrária. Tudo isso, por estar horrorizado pelo fato de 3/5 deste bonito país se tornara uma grande selva não cultivada e cheia de feras e serpentes; ele publicou os primeiros livros sobre ciência e história natural na Índia, trouxe o sistema de jardinagem Linnaen e inspirou o nome dum dos 3 eucaliptos da Índia: Careya Herbacea. Ele freqüentemente palestrou sobre ciência e mostrou como insetos não seriam almas aprisionadas, mas criaturas valiosas de atenção;

• Estudantes de medicina lembram que Carey realizou a 1ª campanha por um tratamento digno aos leprosos. Naquela época eles eram queimados ou enterrados vivos pela crença que um corpo, com um fim violento, transmigraria para uma existência saudável. “Jesus tocou os leprosos”, dizia Carey

• Estudantes de comunicação e marketing o honram como pai da tecnologia da impressão. Ele trouxe a imprensa e publicação e ensinou a utilizá-la além de estabelecer o 1º Jornal em língua oriental, Friend of India, uma força que impulsionou o movimento de reforma social na 1ª metade do XIX.

• Estudantes de sociologia e dos direitos da mulher lembram que ele fez pesquisas sociológicas e publicou artigos para levantar protestos em Bengali e Inglaterra. Ele foi o 1º a levantar-se contra os assassinos cruéis e opressores da mulher indiana. Os homens destruíam as mulheres através da poligamia, genocídio infantil, casamento infantil, queima de viúvas (sati), eutanásia e analfabetismo feminino. Todos esses sancionados pelo hinduísmo e outras religiões. Ele persistiu 25 anos contra o sati até que o edito de 1829 baniu essa prática, alem de abrir escolas para moças e arranjar maridos para viúvas convertidas;

• Estudantes de filosofia asseveram que William Carey reviveu a antiga idéia de que ética e moralidade estão inseparavelmente ligados à religião, enquanto muitos na época separavam a espiritualidade de moralidade. Ele reafirmou que os seres humanos são pecadores e precisam de perdão. Esse ensino revolucionou a espiritualidade indiana que enfatizava meramente a experiência mística individualista;

• Estudantes de astronomia sabem que Carey introduziu o estudo da astronomia na Índia. Ele não acreditava que os astros eram deuses que governavam a vida das pessoas. Profundamente preocupado com os desdobramentos culturais da astrologia: fanatismo, superstição, ele lembrou que homens foram criados para governar a natureza e não vice-versa. Sabia que o sol, lua e planetas são criados para manifestar a glória de Deus e ajudam a dividir as estações, anos e meses e definir direções (norte, sul, leste, oeste). A astronomia liberta enquanto a astrologia aprisiona!

• Estudantes de biblioteconomia o aceitam como o pioneiro no empréstimo de bibliotecas para a Ásia. Enquanto os navios britânicos importavam armas e soldados, Carey trouxe livros educativos e sementes nestes mesmos navios. “Livros libertam”, dizia Carey!

Como você pode perceber, William Carey desejava que o Evangelho de Cristo influenciasse todas as áreas do conhecimento e penetrasse todas as esferas sociais. Ele possuía uma profunda convicção de que o Reino de Deus deve impactar e transformar os valores, as ciências, as idéias, as atitudes e a mentalidade do povo.
Como cristãos, não podemos apenas “salvar almas”, abençoar pessoas espiritualmente (se bem que espiritualmente não signifique “fora do corpo”, alma etérea, mas sim uma ação do Espírito de Deus sobre a vida). Parece que esta ainda é a tendência vigente em muitas igrejas e projetos cristãos: fiquemos com nossas igrejas ambientadas, cultos modernizados e programas contemporâneos! E o mundo lá fora? Que se lixe, que vá para ao inferno!?! Bem, nunca foi essa escatologia escapista ou teologia fatalista que marcaram a visão de William Carey e de muitos outros santos e sábios missionários, encorajados pelo evangelho integral do Senhor Jesus Cristo, bem como do seu irmão Tiago e do apóstolo Paulo de Tarso

Filho de Edmundo e Elizabeth Carey, William Carey nasceu em uma humilde cabana em Agosto de 1761, na pequena vila de Paulerspury, em Northamptonshire, na Inglaterra. Em Piddington, aos 14 anos, William aprendeu a arte de sapateiro.

Apesar de nascer em um lar anglicano, sua primeira identificação com a fé genuína, foi através de seu companheiro de trabalho, John Warr, filho de um desertor da Igreja Estatal. Em 1779, aos 18 anos, nasceu de novo, quando ainda estava identificado com a igreja oficial da Inglaterra, e uniu-se a uma pequena igreja batista. Logo começou a se preparar para pregar. Saturou-se de conhecimentos tornando-se poliglota, dominando o latim, grego, hebraico, italiano, francês e holandês, além de diversas ciências. Assim, aos poucos, entendeu que o mundo era bem maior do que as Ilhas Britânicas e sentiu, como todo o crente verdadeiro deve sentir, a perdição de uma humanidade sem um Salvador.

Em Junho de 1781, casou-se com a jovem Dorothy Placket, da qual teve cinco filhos. No ano de 1775, foi atingido pelo avivamento trazido pelas mensagens de John Wesley e George Whitefield. Apesar de ter sido batizado quando criança, William Carey sentiu a necessidade de confessar sua fé publicamente. Sendo assim, foi batizado nas águas no dia 5 de Outubro de 1783, pelo pastor John Ryland. Em 1787, foi consagrado e começou a pregar sobre a necessidade missionária no mundo, e não só na Inglaterra. Como os membros de sua congregação eram pobres, Carey teve por necessidade continuar trabalhando para ganhar o seu sustento.

Seus Primeiros Desafios

Na sua pequena oficina pendurou um mapa mundial feito pelas suas próprias mãos. Neste mapa, ele incluíra todas as informações disponíveis: população, flora, fauna, características dos indígenas, etc. Enquanto trabalhava, olhava para ele, orava, sonhava e agia! Foi assim que sentiu mais e mais a chamada de Deus em sua vida. A denominação que Carey pertencia achava-se em grande decadência espiritual. Quando quis introduzir o assunto de missões numa sessão de ministros, foi repreendido pelo veneravél presidente John Ryland, que lhe disse: "Jovem assente-se. Quando Deus resolver converter os pagãos, fa-lo-á sem a sua e a minha ajuda." Mas Carey continuou a sua propaganda pró-missões estrangeiras, e tomando Isaías 54.2 como texto, pregava sobre o tema: "Esperai grandes coisas de Deus; praticai proezas para Deus."

Sua Chamada

O resultado foi que um grupo de doze pastores batistas, reunidos na casa da Ir. Wallis, formaram a Sociedade Missionária Batista, no dia 2 de Outubro de 1792. Carey se ofereceu para ser o primeiro missionário. Através do testemunho do Dr. Thomas, um missionário e médico que trabalhou por vários anos em Bengali, na Índia, William Carey recebeu confirmação de sua chamada no dia 10 de Janeiro de 1793.

Apesar de Carey ter certeza de sua chamada, sua esposa recusou deixar a Inglaterra. Isto muito doeu em seu coração. Foi decidido, no entanto, que seu filho mais velho, Felix, o acompanharia à India. Além deste fator, outro problema que parecia insolúvel, era a proibição de qualquer missionário na Índia. Sob tais circunstâncias era inútil pedir licença para entrar, mas mesmo assim, conseguiram embarcar sem o documento no dia 4 de Abril de 1793. Ao esperar na ilha de Wight por outro navio que os levaria à Índia, o comandante recusou levá-los sem a permissão necessária. Com lágrimas nos olhos e o coração apertado, William Carey, viu o navio partir e ele ficar. Sua jornada missionária para Índia parecia terminar ali. Porém, Deus tinha todas as coisas sobre controle.

Ao regressar à Londres, a sociedade missionária conseguiu granjear dinheiro e comprar as passagens em um navio dinamarquês. Uma vez mais, Carey rogou à sua esposa que o acompanhasse. Ela ainda persestia na recusa e ao despedir-se pela segunda vez disse: "Se eu possuisse o mundo inteiro, daria alegremente tudo pelo privilégio de levar-te e os nossos filhos comigo; mas o sentido do meu dever sobrepuja todas as outras considerações. Não posso voltar para trás sem incorrer em culpa a minha alma."

Ao se preparar para partir, um dos amigos que iria viajar com Carey, Dr. Thomas, voltou e conversou com Dorothy, esposa de William Carey, e milagrosamente ela decidiu acompanhá-lo. Que alegria não foi para ele ver sua esposa e filhos com as malas prontas a lhe acompanhar. Agora ele compreendia a razão de não ter viajado no primeiro navio.

Sua Partida Para Índia

Deus comoveu o coração do comandante do navio que permitiu a toda família viajar sem pagar as passagens. Finalmente, no dia 13 de Junho de 1793, a bordo do navio Kron Princesa Maria, William Carey deixou a Inglaterra e nunca mais voltou, partindo para a Índia com sua família, onde, em condições dificílimas e de oposição, trabalhou durante 41 anos. Durante sua viagem, aprendeu suficiente o Bengali, e ao desembarcar, já comunicava com o povo.

William Carey não foi dotado de inteligência superior e nem de qualquer dom que deslumbrasse os homens. Entretanto, em seu caráter de persistir, com espírito indômito e inconquistável, até completar tudo quanto inciava, é que vemos o segredo do maravilhoso êxito da sua vida. Apesar de não haver recebido educação em sua mocidade, Carey chegou a ser um dos homens mais eruditos do mundo, no que diz respeito à lingua sânscrito e a outras línguas orientais. Suas gramáticas e dicionários são usados ainda hoje.

Suas Conquistas

Dois missionários se juntaram à William Carey em 1799, William Ward e Joshua Marshman. Juntos eles fundaram 26 igrejas, 126 escolas com 10.000 alunos, traduziram as Escrituras em 44 línguas, produziram gramáticas e dicionários, organizaram a primeira missão médica na Índia, seminários, escola para meninas, e o jornal na língua Bengali. Além disso, William Carey foi responsável pela erradicação do costume "suttee", o qual queimava a viúva juntamente com o corpo do difunto numa fogueira; vários experimentos agriculturais; fundação da Sociedade de Agricultura e Horticultura na Índia em 1820; primeira imprensa, fábrica de papel e motor à vapor na Índia; e a tradução da Bíblia em Sânscrito, Bengali, Marati, Telegu e nos idiomas dos Siques. Em 1800, William Carey fez o batismo do primeiro hindu convertido ao Evangelho.

Calcula-se que William Carey traduziu a Bíblia para a terça parte dos habitantes do mundo. Alguns missionários, em 1855, ao apresentarem o Evangelho no Afeganistão, acharam que a única versão que esse povo entendia era o Pushtoo, feita em Sarampore por Carey.

Durante mais de trinta anos, William Carey foi professor de línguas orientais no Colégio de Fort Williams. Fundou, também, o Serampore College para ensinar os obreiros. Sob a sua direção, o colégio prosperou, preenchendo um grande vácuo na evangelização do país. Os seus esforços, inspiraram a fundação de outras missões, dentre elas: a Associação Missionária de Londres, em 1795; a Associação Missionária da Holanda, em 1797; a Associação Missionária Americana, em 1810; e a União Missionária Batista Americana, em 1814.

O Adeus da Índia

Na manhã de 9 de Junho de 1834, a Índia disse adeus ao grande Pai das Missões, e os Céus disseram bem-vindo a um servo fiel! Carey morreu com 73 anos, respeitado por todo o mundo, como o pai de um grande movimento missionário. Quando chegou à Índia, os ingleses negaram-lhe permissão para desembarcar. Ao morrer, porém, o governo mandou içar as bandeiras a meia haste em honra de um herói que fizera mais para a Índia do que todos os generais britânicos. Grande foi a contribuição de William Carey para o Reino de Deus, e grande será o seu galardão.

1 comentários:

  1. O conteúdo da Biografia parece muito bom e relevante, no entanto não esta dando para ler grande parte do conteúdo pois, há propagandas cobrindo o texto especialmente no início.

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Atos 1: 8


Mas recebereis a virtude do Espiríto Santo, que há de vir sobre vós; e serão testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra.

Reflexão:

No mundo atual, como na antiguidade as pessoas estão sedentas de algo que lhes preencha o vazio da alma. Por isso que muitas vezes elas se perdem no meio de tantas propostas para a sua salvação. Não queremos ser diferentes de ninguém nem melhores do que alguém, contudo temos a fé no Senhor Jesus, que veio e nos mostrou o caminho para a liberdade espiritual. A palavra de Deus nos leva a esta liberdade, queremos colocar as pessoas neste caminho que viemos a conhecer com o amor de Nosso Senhor Jesus.
Neste trabalho de evangelização temos o projeto Semear pela internet, que vai mostrar o que estaremos fazendo em campo missionário, levando de várias formas a Palavra de Deus.


João 8: 32.
Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.


A Rede Amizade Gospel.

Sobre a direção do Evangelista Marcello Ferraz, vem através do poder do Espírito Santo, abrir as portas da Internet, levando a palavra de Deus para todos os povos.

Marcos 16: 15-20.


Evangelizar o mundo.
E falou para todo mundo, vão por todo o mundo, preguem o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão demônios; falarão outras línguas; pegarão em serpentes; e se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e vão impor as mãos sobre os enfermos, e os curarão. Ora, o Senhor, depois de ter falado para eles, foi recebido no céu, e assentou-se á direita de Deus. E eles, tendo partido, pregaram por toda a parte, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém.

Local para Transmissão dos Programas.

Na própria residência de quem se interessar em fazer um horário.


De que forma é feita a transmissão.

Feita pela internet.

Necessário somente um computador com internet instalado.

Trabalhos a serem realizados.

Elaborar programa de no máximo 1 hora de duração.

Este programa deverá ter um horário fixo.

Exigência para se fazer um programa.

Ser um evangélico batizado.

Contato.

Evangelista Marcello Ferrraz. Fone(44) 98130341 –

E-mail: sac@redeamizadegospel.com.br

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Cuidados a serem tomados pelos responsáveis dos trabalhos:

Deve haver preparo espiritual.

Deve haver muita oração e estudos bíblicos.

Deve ser selecionadas pessoas para esse trabalho, devendo os mesmos serem compromissados para tal ministério.

Procurar cumprir assiduamente os compromissos com os trabalhos.

A literatura deve ser bem selecionada.

Cuidado para não deixar que seja usado para fins escusos.

Isaías 55:7

Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos; volte-se ao Senhor, que se compadecerá dele; e para o nosso Deus, porque é generoso em perdoar.

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